sábado, 12 de agosto de 2017

BOMBA! Equipe perde por WO no Campeonato Brasileiro



Quando você pensa de tudo no Campeonato brasileiro vem essa. Depois atrasos nos salários dos jogadores, os mesmos se negaram em entrar em campo na tarde deste sábado.


O Mogi Mirim decidiu abandonar a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C. Essa foi a posição passada pelo presidente do clube do interior paulista, Luiz Henrique de Oliveira.  A decisão é decorrente da revolta dos jogadores por atrasos salariais e do W.O. na partida contra o Ypiranga-RS, prevista para as 15h30 deste sábado, em Mogi Mirim.
"Falei o seguinte: se não vão entrar em campo, não tenho outra coisa a fazer se não apoiá-los. Mas acabou o campeonato hoje para nós. Só isso, o campeonato acabou. Todo mundo que tiver contrato com o clube permanece. Quem não tiver não permanece. A gente vai mandar embora todo mundo para casa, eles não querem jogar. A partir de hoje não tem mais rodada, a gente não vai voltar mais", declarou o mandatário.
Segundo o Regulamento Geral de Competições da CBF, equipes que optam por abandonar um torneio ficam suspensas automaticamente de qualquer outra competição coordenada pela CBF pelo prazo de dois anos. A Justiça Desportiva prevê ainda que os pontos conquistados por um time que abandona um campeonato perdem qualquer validade.
O W.O. diante do Ypiranga, na 14ª rodada da Série C, foi arquitetado pelos jogadores do Mogi. O elenco decidiu que só entraria em campo se pelo menos um mês de salário fosse pago em espécie antes da partida. O presidente não quis negociar e o grupo não deixou a concentração para o estádio Vail Chaves. Os atrasos variam de um a seis meses.
A reação dos jogadores foi liderada pelo meia Cristian, que passou por Palmeiras, Ponte Preta e Ituano. "Ele não pagou e não fomos para o jogo. O presidente inventou uma história, mas chega de promessa. Ele foi bem arrogante, como a gente não tivesse direito nenhum para reivindicar. Até falou que tínhamos que sair do alojamento e ficar na rua", explicou o capitão e líder do elenco.
O movimento comandado por Cristian tem o respaldo do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp). A entidade sugeriu que os jogadores fossem para um hotel, com custos bancados pelo sindicato, caso o presidente do Mogi colocasse em prática a ameaça informada por Cristian.
O regulamento da Série C do Campeonato Brasileiro prevê que atrasos salariais superiores a 30 dias podem ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e implicar em perda de três pontos por partida disputada após o reconhecimento da dívida. Para isso, os atletas precisam formalizar comunicação escrita ao STJD em até 30 dias após o atraso. O clube tem 15 dias para efetuar o pagamento aos jogadores que confirmarem as denúncias.

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